terça-feira, 22 de abril de 2008

Lisiane

ESTAGIO SUPERVISIONADO IV.

No ano de 2007, aconteceram duas coisas muito importantes no campo artístico de Goiás, a primeira foi a inauguração do Centro Cultural Oscar Niemayer e logo em seguida uma exposição de caráter internacional, gravuras de Pablo Picasso, a exposição foi bastante divulgada pela mídia e isso levou bastante pessoas aquele local, todos queriam conhecer aquele espaço e visitar a exposição.
A exposição também me motivou, não pôr ela em si mas principalmente pôr poder ver as pinturas de Picasso. Organizei um grupo de amigos e fomos ao local. A visualidade daquele lugar era marcante, visto de longe parecia tão pequeno, mas de perto era tudo tão amplo, havia luzes pôr todos os lados, o grande triângulo que durante o dia é vermelho a noite ganhou outra tonalidade, todo aquele conjunto me remetia a um grande teatro, talvez pela fila de pessoas na entrada, as luzes coloridas, as escadas... chegamos naquele local pôr volta das sete da noite, e devido a grande procura, fomos informados que o número de pessoas presentes, eram suficientes para a visitação daquela noite. Todo aquele esforço havia sido em vão, nós não poderíamos ver as gravuras de Picasso.
A vontade era tão grande que pedi para falar com um dos organizadores, justificando o horário divulgado pela mídia, a viagem longa e pelo fato de ser estudante de arte eu me julguei no direito de entrar ali, o organizador acabou nos dando esperança e acabamos permanecendo no local.
Ficamos esperando pôr duas horas, nesse intervalo presenciei várias cenas de pessoas revoltadas querendo entrar, grupos de escolas que haviam agendado a visita e pessoas que saíam da exposição.
Com todo aquele zunzum me pus a imaginar como era lá dentro, quais obras haviam sido escolhidas, será que havia alguma já vista nos livros. Foi neste momento que parei de pensar e passei a ouvir o que as pessoas diziam na saída da exposição.
_ Que coisa horrível! – desenhos como aquele eu mesma faço, - ficar tanto tempo na fila para ver isso? Outras desciam sem palavras, sem qualquer expressão que denunciava o deleite, os alunos de escolas eram os mais expontâneos riam e falavam palavras sarcásticas, a respeito do trabalho. Acabamos sendo informados que a exposição havia encerrado, tivemos que voltar para casa, triste pôr não ver aquelas imagens, mas ao mesmo tempo mais curiosa pôr imaginar que imagens eram aquelas que provocavam reações tão diferentes pôr parte do público.
Voltei a exposição, desta vez durante o dia , novamente a arquitetura daquele espaço cultural deu certeza da grandiosidade da obra. A fila desta vez era pequena então pude perceber como era lá dentro, e como era dispendiosa uma exposição daquele porte, o ar condicionado com temperatura baixa, seguranças pôr todos os lados, pedestais que impediam a aproximação da obra, enormes textos escritos na entrada narrando a biografia de Picasso e enfim o local onde estavam expostas as obras.
As gravuras relembravam cenas da mitologia e cenas do cotidiano, a leveza do traço a facilidade de se colocar de forma simples as coisas do dia a dia.
Vendo as pessoas terem reações diferentes, muitas negativas, percebi que isso se dava pela falta de conhecimento sobre leituras de imagens. Pensando nisso resolvi ver como é trabalhado o tema na sala de aula e poder dar minha colaboração a escola, para que elas entendam que “significados não são substâncias aderentes, tipos de mensagem cifrada, inscrição ou tatuagem que acompanham e identificam a imagem” (Martins 2007) pois a educação escolar, segundo Hernandez, necessita ser repensada porque as representações e os valores sociais e os saberes disciplinares estão mudando e a escola que hoje temos responde em boa parte pôr essa mudança.

O primeiro estágio

A escola que escolhi para estagiar é o Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça que atende alunos do Ensino Fundamental e Médio na cidade de Hidrolândia.
O fato curioso é que já fui aluna do colégio e hoje meu filho Otávio é aluno, cursando o 6 ano do Ensino fundamental. E como mãe o acompanho no seu dia a dia e o incentivo a ser um aluno disciplinado e comprometido.
Foi acompanhando suas tarefas que descobri a quantidade de imagens no livro de língua portuguesa que possibilitam trabalhar a sua leitura.
No primeiro contato pedi permissão para a coordenadora para o estágio, ela me informou que a professora de língua portuguesa com estagiaria estava doente e não tinha comparecido. Uma das professoras presentes era minha tia, e devido ao parentesco não era conveniente estagiar com ela, mas decidi assistir suas aulas. Minha tia me acolheu com entusiasmo e disse que estava acontecendo um seminário sobre o Romantismo, com as turmas de segundo ano do Ensino médio. A aula já havia começado e dirigi-me para o final da sala, ela me apresentou como aluna de Artes da UFG e disse sobre a finalidade da minha presença, ocultando o fato de ser sua sobrinha.
Começaram as apresentações, os alunos começaram a descorrer sobre os livros pré selecionados que são: O Guarani, Iracema, Inocência e Lucíola. A sala foi previamente divida em grupo e cada grupo ficando responsável em apresentar uma dessas obras.
Assisti a apresentação dos livros Inocência e Lucíola. Durante a apresentação de Inocência, de Visconde de Taunay, pôr coincidência um de meus livros preferidos, uma jovem começou descrevendo o livro, a professora questionava e o grupo respondia, todos bastante nervosos com o seminário e com minha presença. Enquanto o grupo narrava parte do livro fui relembrando as imagens, as cenas, o tempo, até mesmo o cheiro do passado consegui resgatar naquele instante, pensei na possibilidade de trabalhar o livro lido, com as imagens que cada um construiu com a leitura, como seria a imagem de Inocência para aqueles jovens isso poderia fixar ainda mais a leitura.
O segundo livro foi Lucíola de José de Alencar este livro ao contrário do outro, eu não havia lido, e fui construindo mentalmente a história através da descrição feita pelo grupo, nesta história a jovem heroína era prostituta, nesta descrição ficou evidente a fala dos alunos que se referiam a palavra : zona, mulher da vida, evidenciando a fala do cotidiano, novamente um tema bastante polêmico a ser desenvolvido em sala, como seria a imagem mental desses alunos com relação as prostituta?
Durante a explanação de alguns grupos, a professora questionava e ficava evidente o pouco interesse desses alunos pelas obras literárias e pela leitura em geral.

Depois que terminou a aula, me aproximei de dois alunos e pedi que cada um fotografasse os três pontos mais significativos da escola. O primeiro foi em direção a entrada e fotografou o portão da escola, em seguida tirou a foto do pátio, e depois foi em direção a quadra de esportes e lá registrou a ultima imagem. O segundo aluno fotografou os estudantes jogando futebol, em seguida registrou a movimentação em volta da quadra e finalizou com a imagem de uma moça.


Continuando minha experiência também registrei três pontos significativos, as três imagens que escolhi foram: a entrada da escola, e duas pinturas feitas no pátio do
colégio.

Para fechar o círculo pedi a duas coordenadoras que também registrassem duas imagens da escola. A primeira fotografou um dos corredores da escola, e árvore próxima. A Segunda foi bastante crítica e me relatou através de suas imagens as sucatas que estavam encostadas na escola, e os livros didáticos antigos sem utilidades que dividem o espaço com
os alunos.


Aprendi muito com a visão que cada um possui da escola, pois “O papel dos artistas se move entre a coisa latente que conta sua história e a voz imagem que recolhi as vozes experiências de outros que surgem do diálogo com seu meio e que se reflete em histórias compartilhadas” ( Hernandez 2000).

PONTOS IMPORTANTES PARA SISTEMATIZAÇÕES METODOLÓGICAS

PONTOS IMPORTANTES PARA SISTEMATIZAÇÕES METODOLÓGICAS


· Ter claro que ênfase será buscada no processo;
· Fomentar repertório: (técnico, conceitual, imagético, etc);
· Incorporação de diversidade cultural;
· Incorporação de diferentes níveis sensoriais;
· Promover no aluno habilidades para definir e resolver problemas artísticos através de compreensão ou proficiência técnica;
· Identificar contexto sócio-cultural dos sujeitos com os quais se está interagindo;
· Flexibilidade na articulação de etapas;
· Considerar realidade própria onde se atua;
· Compreensão da arte como linguagem (presentacional) e não apenas como veiculo de emoções ou atividades de entretenimento e
· Estabelecer critérios de avaliação do processo e informar aos alunos sobre os mesmos.

AVALIAÇÃO
Possíveis Critérios:

· Aquisição de competência técnica;
· Aquisição e ampliação de repertórios;
· Autonomia gradual de soluções de problemas;
· Capacidade critica, perceptiva, investigativa, reflexiva e
· Desenvolvimento individual ou em grupo.

1- Rememorançao dos estágio anteriores

Caros estudantes do Estágio IV


Vamos recordar os pssos do Estágio IV que se constitui num laboratório para o próximo semestre do Estágio V.

1- Rememorança dos estágio anteriores
2- Discussao e reflexao sobre a proposta dos Estágios IV e V (princípios, concepçoes e dinamicas)
3- Ida a campo –fase exploratória para levantar dificuldades e possibilidades


Agora que voces já devem estar na segunda ou terceira visita ao possível campo de estágio, é hora de elaborar um relatório (dossiê) sobre esse espaço identificando e descrevendo:

PRIMEIRA PARTE
a) Que espaço é esse? Nome, endereço, responsáveis, atende a que tipo de público?
b) Características físicas do espaço
c) Relaçao espaço e bairro
d) Possível público com o qual o projeto será desenvolvido;
e) Relaçao do seu tema como o espaço e público escolhido (contribuiçoes, etc)

SEGUNDA PARTE- sobre a construçao pré-proposta

a) Relaçao do
b) O trabalho de campo (espaço e pessoas) provocou modificaçoes, ampliaçoes na sua proposta inicial? Identificar e refletir
c) Condiçoes concretas para desenvolver o projeto
d) Visualisar eixos de referência bibliográfica para suporte teórico da proposta
e) Formas de avaliaçao (oque será avaliado, como será, quem participará da avaliação)